segunda-feira, 4 de abril de 2011

Em TUDO, a Caridade!

Resolvi escrever sobre esse tema, pois existe uma linha muito tênue que separa o verbo denunciar do verbo reclamar, e isto em nossas Comunidades. Eu mesma já me perdi em meio a essas duas atitudes. Uma coisa é quando percebemos um comportamento que não condiz com a postura cristã em nossa Comunidade, e com caridade, humildade e discernimento, mas acima de tudo com nosso testemunho buscamos mostrar ao irmão o erro, o engano em seu modo de proceder, não esquecendo nunca que todo esse processo extremamente delicado só terá um resultado favorável, se for conduzido na oração e unção do Espírito Santo, é Ele que nos indica o momento ideal, a palavra certa e prepara o terreno do coração do irmão que carece de uma correção fraterna. Vemos assim que nossa missão de profetas, de denunciar o pecado, o erro, nada tem a ver com barulho, humilhações... mas perpassa por um caminho exigente: o do DIÁLOGO. É de longe o caminho mais difícil, nos arriscamos a sermos mal interpretados, rejeitados e até caluniados, porém é o caminho mais correto e que certamente agrada ao Coração de Deus. Bem mais fácil e cômodo é reclamar, julgar e falar para Deus e o mundo do comportamento errado do irmão (menos para o próprio irmão), mas sem tomar nenhuma atitude que possa nos comprometer. Com certeza esta última é a atitude de alguém com o orgulho ferido, não de alguém que quer "ganhar' o irmão, ver o seu bem.
Bom, uma coisa é certa, nem sempre teremos a indicação precisa de quando devemos calar ou falar, porém, uma coisa sabemos: reclamar, nunca! Eis uma atitude estéril, que não leva a lugar nenhum. Vejamos então esta sábia exortação do Frei Raniero Cantalamessa:

Quem quer corrigir alguém tem de estar disposto a ser corrigido.
O ensinamento de Cristo sobre a correção fraterna deverá ler-se sempre junto ao que diz em outra ocasião: «Como é que olhas o cisco que há no olho do teu irmão e não repara a trave que há no teu próprio olho? Como pode dizer a teu irmão: “Irmão, deixa que tire o cisco que há em teu olho”, não vendo tu mesmo a trave que há no teu?» (Lucas 6, 41-42). Em alguns casos não é fácil compreender se é melhor corrigir ou deixar passar, falar ou calar. Por este motivo é importante ter em conta a regra de ouro, válida para todos os casos, que o apóstolo Paulo oferece: «Com ninguém tenhais outra dívida que a do mútuo amor... A caridade não faz mal ao próximo». É necessário assegurar-se, antes de tudo, de que no coração se dê a disposição de acolhida à pessoa. Depois, tudo o que se decida, seja corrigir ou calar, estará bem, pois o amor «não faz mal a ninguém».

Um comentário:

  1. Olá Cátia querida!
    Lindo seu texto, Deus abençoe esse seu dom de colocar bem as palavras. Percebi isso desde nosso primeiro contato. Quanto ao denunciar e reclamar, somos eternos reclamões e não sabemos denunciar como se deve... Confesso que estou aprendendo. E sabe como? Depois que fui aceita, amada, acolhida mesmo nos meus erros. Passei a enxergar com outros olhos o erro dos outros. Cresci muito e amo ser corrigida por quem me ama! Fique a vontade de me corrigir quando achar necessário!! Beijo grande!
    Que o Espírito Santo continue colocando no seu coração tão belas reflexões!

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