sábado, 21 de maio de 2011

Santa Rita: amor pela Paixão de Cristo

Rita meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, os desprezos, as ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário.
     Durante a Quaresma do ano 1443 foi a Cássia um pregador chamado Santiago de Monte Brandone, quem deu um sermão sobre a paixão de nosso Senhor que tocou tanto a Rita que a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na Cruz.
     Dum modo especial exercitava-se na contemplação dos mistérios da Paixão e Morte de Jesus; a tanto chegou o seu amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Oh! prodígio!
     Da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da Santa, causando-lhe intensíssima dores até à morte; o penhor do amor de Jesus por sua serva não podia ser mais certo nem mais extraordinário; era um tormento indizível para acrisolar a virtude de Rita.
     Aquela ferida era, na verdade fonte de celestiais doçuras para a Santa, mas, ao mesmo tempo, de desgosto para as religiosas que não podiam suportar a vista daquela repugnante ferida, vendo-se, por esse motivo, obrigada a viver isolada de suas amadas irmãs.
     A Santa aceitou isto como um novo favor do céu, ficando, assim livre para tratar mais intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial esposo. A maioria dos santos que tem recebido este dom, exalam uma fragrância celestial.
     As chagas de Santa Rita, sem dúvida exalavam um odor pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por 15 anos viveu sozinha, longe de suas irmãs monjas.
     O Senhor lhe deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano Santo. Jesus removeu o estigma de seu cabeça durante o tempo que durou a peregrinação. Tão pronto quanto chegou de novo a casa o estigma voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das irmãs.
     Em seu vida teve muitas chamadas, mas ante tudo foi uma mãe tanto física como espiritualmente. Quando estava no leito de morte, lhe pediu ao Senhor que lhe desse um sinal para saber que seus filhos estavam no céu.
     A meados de inverno recebeu uma rosa do jardim perto de sua casa em Roccaporena. Pediu um segundo sinal. Esta vez recebeu um figo do jardim de sua casa em Roccaporena, ao final do inverno.
    Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha durante quatro anos.
     Ela observou como seu corpo se consumia com paz e confiança em Deus.
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A MORTE DA SANTA.
     Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via purgativa, a iluminativa e unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em caridade e confiança em Deus.
     O crucifixo é seu melhor Mestre.
    "Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação; com toda minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos.
     Reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos que tenhais piedade das minhas fragilidades.
     Perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina..."
     Cessou de falar e cerrou os olhos como se estivesse dormindo... e acordou no céu entre os anjos e santos.
     No convento só se ouviam os soluços das freiras, mas o sino começou a tocar sozinho, anunciando a sua partida deste mundo. Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos.
     As religiosas pensavam com horror no odor fétido de sua chaga, mas o seu rosto pálido começou a tomar viva cor, a ferida cicatrizou-se e de seu corpo começou a exalar um delicioso perfume.
     Uma das religiosas, Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, quis abraçá-la e assim o fez, porque o seu braço ficou curado pela santa. As freiras revestiram o corpo com o hábito de sua Ordem e o transportaram para a capela interior do mosteiro.
     É em almas puras como a dela que Deus pode fazer milagres sem que por isso caiam no orgulho espiritual. Ao morrer a cela se ilumina e todos sentem a alegria de uma alma que entra ao céu. Sua morte acontece em 1457, foi seu triunfo.
     A ferida do estigma na fronte desapareceu e em lugar apareceu uma mancha vermelha como um rubi, a qual tinha uma deliciosa fragrância.
     Devia ter sido velada no convento, mas pela multidão tão grande se necessitou a Igreja. Permaneceu ali e a fragrância nunca desapareceu até os dias atuais permanece, e a todos encanta. Por isso, nunca a enterraram.
     O ataúde de madeira que tinha originalmente foi trocado por um de cristal e ficou exposta para veneração dos fiéis desde então. Multidões, todavia acodem em peregrinação a honrar a santa e pedir sua intercessão ante seu corpo que permanece incorrupto.
SANTA RITA DE CÁSSIA, ROGAI POR NÓS!

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Desejo que suas palavras sejam para maior honra e glória do Senhor Jesus, Paz e Bem!☺

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