terça-feira, 31 de maio de 2011

Visita-me também, Mãezinha!

Como visitaste Santa Isabel,
peço-te humildemente, Mãezinha,
visita também o meu coração.
Como serviste na casa de tua prima,
rogo-te, serve na "casa do meu coração".
Ilumina cada cômodo com tua santidade,
Limpa cada recanto com tua pureza,
Perfuma cada ambiente com tua humildade,
Adorna cada aposento com tuas virtudes da obediência, da temperança, da solicitude, do silêncio...
Mas, ao contrário, da tua visita à Isabel,
Mãe querida, não fique por apenas três meses, mas até a eternidade feliz, em que pela condução segura de tuas mãos, me levareis até os braços de teu Filho Jesus. Assim seja!
                                                                          

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Anatomia de um Cristão


* Olhos de Misericórdia
Sim, o olhar do cristão deve ser iluminado pela misericórdia, para ver além das aparências, enxergar além das fragilidades humanas o valor de cada ser humano.
"No nosso próximo, procuremos ver tão somente as virtudes e as boas obras e cubramos os seus defeitos considerando os nossos pecados"
(Sta Teresa D'avila)

* Ouvidos de Discípulos
Os ouvidos de um discípulo são treinados na atenção, no silêncio e na obediência às Palavras de Seu Mestre, por isso não se deixam confundir, antes reconhecem com precisão o Seu chamado.
"Inclinai os ouvidos para ouvir a minha voz! Prestai atenção para escutar a minha palavra!"
(Is 28,23)

* Boca de Profeta
Na boca de um profeta, se encontra uma língua adestrada, que busca compreender o momento ideal, as palavras certas para anunciar com autoridade e sensatez, denunciar com retidão e mansidão, calar quando necessário.
"A boca de um profeta é fiel e submissa ao Seu Senhor, por isso fala até com o silêncio"

* Braços Acolhedores
Que sempre se encontre nos braços de um cristão, o calor da acolhida, o amparo fraterno, o abraço que abraça a alma.
"É no abraço fraterno que se harmonizam os corações dos amigos"
(Ricardo Alves)

* Mãos Solidárias
Que são recobertar por "calos de amor"... amor que se transforma em obras concretas de caridade e serviço aos irmãos.
“Rogo a Deus como se esperasse tudo d’Ele, mas trabalho como se esperasse tudo de mim” (Santo Tomás de Aquino).

* Pés Perseverantes
Que diante da necessidade do outro, da Vontade do Seu Senhor, ignoram o cansaço e a fadiga, dispensam a comodidade e o conforto e caminham a passos firmes pela estrada da Providência Divina.
"Mas os que esperam no SENHOR, renovam suas forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam." (Is 40,31)

* Coração Ardente e Apaixonado
Que se consome por Jesus. Ele o motivo, o sentido, a razão de todo nosso existir e viver.
Ele que dá vida a nossa vida, e pelo Seu exemplo, nos anima a doá-la em favor do outro.
Nos encoraja e fortalece com a Palavra que instruí, com a Eucaristia que alimenta e com o Santo Espírito que nos impulsiona.
"O que o coração ama, fica eterno"
(Rubens Alves)

E a Cabeça?
A cabeça é Cristo, Senhor e Deus deste corpo, pois a mente de um cristão dever ter os pensamentos de Cristo, para que todo o resto, pense, escute, veja, fale, sinta, caminhe, acolha, aja, mas sobretudo, AME como Jesus.
"Pois quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder lhe dar conselho? Nós, todavia, temos o pensamento de Cristo."(1Cor 2,16)

Trilhemos, pois, esta via de despojamento, precedida por nosso Mestre, na simplicidade, humildade e obediência, desafiando nossos limites e contrariando nossas vontades.
“Dê-me, Senhor, agudeza para entender, capacidade para reter, método e faculdade para aprender, sutileza para interpretar, graça e abundância para falar. Dê-me, Senhor, acerto ao começar, direção ao progredir e perfeição ao concluir”
(Santo Tomás de Aquino).

sábado, 28 de maio de 2011

Parábola da Cadeira

Era uma vez uma cadeira, velha, vacilante, uma das mais arrebentadas que já se viu. Sua pintura estava toda enrugada, gasta e a sua cor desbotada. Não podia mais sustentar o próprio peso. Raspões, sujeiras, manchas, pés frágeis, pedaços quebrados. Não chegava mesmo a lembrar de sua beleza primitiva.
Uma camada de pintura após outra era toda a sua vida passada. Vez por outra, uma nova retocada na pintura a melhorava. Depois novamente, rachava e descascava de alto a baixo, tornando-a pior que antes. Era cor em cima de cor: vermelho, azul, verde, branco, camada sobre camada.
Pobre cadeira. Como recordar o que era sob tantas camadas sucessivas?
Um belo dia, entretanto, ela se viu entre as mãos de um marceneiro. Não sabia mesmo como havia chegado lá. Havia sido triste chegar ali na pressa, aos empurrões a sacudidas no fundo de um caminhão. Mas já que estava ali... Não queria, porém, prestar atenção em nada. Afinal já havia passado por tantos lugares mais ou menos idênticos..
O marceneiro tomou a cadeira e a lavou cuidadosamente. Havia algo no jeito daquele marceneiro que intrigou a cadeira. Assim se deixou e se resignou a receber uma nova camada de pintura. Que surpresa, porém ao contrário, o marceneiro se pôs a raspar a pintura. E como doía! A cura, entretanto, estava nestas mãos que machucavam.
Pacientemente, o marceneiro raspava de camada em camada cantarolando para ela: “Cadeira, o marceneiro te conhece, a tua real beleza ele a conhece, ele sabe que tu não és irresponsável, senão pela graça de seu cuidado amável.
O canto acalmava um pouco a cadeira. Ela não sabia porém o que pensar. O que estava acontecendo? Porque parecia mais pesada? “Eu não agüento mais”, gritava ela. “Parem com isso, cubram-me, deixem-me só”.
Dia após dia, contudo, o marceneiro perseverava. Oh! sim, por vezes dava alguns dias de repouso à cadeira. Que alívio sentia, ainda que estivesse terrivelmente consciente de que faltava muito em seu caminho.
Dolorosamente, o marceneiro foi atravessando pouco a pouco o preto, o vermelho, o azul, o verde, o branco e etc. A cadeira percebeu, então, uma mudança no modo de agir dele. Sempre cheio de cuidados, tornou-se mais cuidadoso ainda para evitar qualquer machucadura. Na ultima camada, no amarelo, quando este começou a sair, a cadeira, num primeiro suspiro vital, teve uma idéia do que se encontrava debaixo.
Não mais pintura, mas madeira, madeira maravilhosa! Começou assim, a compreender a ação do marceneiro e porque seu tratamento havia mudado na derradeira camada: para não atingir a bela madeira que se revelava agora.
A cadeira apressada no desejo de se ver melhor. Pouco a pouco, a madeira apareceu plenamente. Que sensação de prazer e glória, que revelação! Ela cantava e dançava alegremente. Com esse sentimento,abandonou o marceneiro para viver livre da pintura, livre para ser ela mesma. Enfim, não tinha mesmo necessidade dele! A vida aparecia como uma realidade nova, excitante, pela primeira vez depois de muito tempo.
Aos poucos, entretanto, os sinais de glória se dissiparam. “As vezes, passava pelo marceneiro e via que outras cadeiras, mesas, móveis se reconstituíam por suas mãos para reencontrar seu resplendor natural. Pareciam, mesmo, refletir a beleza do próprio marceneiro. Era estranho constatar que não se havia apercebido antes de como sua madeira era rústica e sem brilho.
Humildemente, voltou ao marceneiro e passou muito tempo com ele. Em lugar de ocupar-se de milhares de coisas, permanecia do seu lado.
Num certo dia ele lhe disse: “Penso que você está preparada”. Tomou-a novamente, e esfregou com uma lixa (e como machucava). Só agora, porém, sabia que o marceneiro era conhecedor do seu trabalho. Ele esfrega, com uma lixa mais fina ainda.
E como foi bom desta vez! Jamais sentiu massagem tão agradável.
Em seguida, ungiu-a com uma estranha substância que realçou o calor da madeira e sua beleza, acrescentando-lhe um toque delicado, doce, acetinado. Ela jamais se imaginou tão bela! Por orgulho, a cadeira chamou alguém que passava para sentar-se, mas quase se quebrou toda, esquecida da fragilidade de suas pernas.
Amedrontada, correu para o marceneiro que a fez esperar um momento, para fazê-la tomar consciência de sua própria fraqueza. Depois, colou-a com solidez, comunicando-lhe um pouco de sua força.
Alguns dias mais tarde, olhando-se, a cadeira percebeu alguns riscos, um pouco de poeira aqui, um ponto machucado ali. Foi tomada de pânico, um velho medo vindo à superfície, a idéia de ser recoberta de pintura. Desesperada, agitou-se. Depois, parando, olhando longamente o marceneiro, veio-lhe uma luz definitiva.
Tinha necessidade dele não somente uma vez, mas para sempre. Havia sido restaurada por ele e era através dele que poderia continuar crescendo em beleza. Precisava ser desempoeirada por ele, limpa, lixada, para guardar sua solidez. Sim, já não era possível pensar em levar uma vida independente. Mas também não precisava mais temer as camadas de pintura.
Certamente para o marceneiro não foi fácil tirar camada por camada... muito trabalho, muita paciência, muita dedicação. Trabalho exaustivo mas o marceneiro estava sempre ali disposto a fazer o seu trabalho.

Trecho do livro: Rabi onde Mora
de Spencer Custódio - Editora Loyola

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Por que o sábado é dedicado à Maria?

 
A Igreja dedica o Sábado a Nossa Senhora porque foi no 1° Sábado Santo que ela viveu sem Jesus, com Jesus morto.
Após o escurecer de Sexta-Feira Santa, quando a enorme pedra fechou a boca da sepultura, Maria passou a ficar sem Jesus, sem o amado Filho. Naquele momento, para ela o tempo parou.
Foi o Sábado do grande e doloroso repouso, o Sábado do grande silêncio, o Sábado da grande solidão, da morte e do luto.
Foi o único dia de sua preciosa vida, que ela viveu sem ter Jesus vivo.
Foi o Sábado da imensa dor de Maria.
Para consolá-la por tamanha dor a Igreja decidiu dedicar-lhe todos os sábados, com a intenção de confortá-la e compensá-la pela morte do amado Filho. Os outros filhos adotivos se apresentam para consolá-la. Portanto, o Sábado é consagrado a Maria para alegrá-la em sua solidão e tristeza.
O Sábado mariano é como aurora: ele antecede e anuncia o aparecimento do Domingo, o dia do Sol Divino, Jesus.


Fonte: Pe. Antonio Lorenzatto,
Livro da Família 

Poema de Santa Teresinha à Maria (cantado)


Porque te amo, oh Maria!
Letra: Santa Teresinha do Menino Jesus
Melodia: Kelly Patrícia


Como quisera cantar, ó mãezinha, porque te amo!
Porque teu nome dulcíssimo faz vibrar meu coração!
E dizer como a idéia de tua grandeza suprema, 
A minha alma jamais causaria temor,
Se eu te contemplasse em tua excelsa glória,
Ultrapassando o esplendor de todos os eleitos.
Ah não poderia crer que sou tua filhinha.
Maria, diante de ti, oh! eu baixaria os olhos.

Ouvirei muito em breve esta doce harmonia,
muito em breve, no céu, ó Maria, irei ver-te!
Tu que vieste sorrir-me na manhã da vida
Vem sorrir-me de novo, ó mãezinha, chegou a tarde!
Não mais receio o brilho de tua excelsa glória 
Contigo é que sofri... e só desejo agora cantar sobre teus joelhos,
Virgem, porque te amo, é dizer para sempre que sou tua filhinha! 

O segredo é PERMANECER!



"Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa."

(Jo 15, 9-11)



Quando vemos pessoas distantes do Senhor mergulhadas no vazio, na tristeza... não nos surpreendemos, pois para nós cristãos, como é possível ser feliz sem a presença de Deus em nossas vidas?
Mas, e quando sou eu, que caminhando e servindo a Deus, vivo triste, me sinto infeliz e inconformado com tudo a minha volta?
É possível estar com Deus e ainda sim viver na tristeza constante?
A resposta é sim (?!!)
Pois uma coisa é estar com Deus e outra é PERMANECER em Deus!
O "estar com" pode ser composto apenas de momentos, ou seja, estou com Jesus nessa adoração, na Santa Missa, nesta oração, mas, logo após volto de "braços abertos" para o meu vazio, para meus problemas...
O PERMANECER, ao contrário, é quando me conservo "em" Deus todo o tempo, com problemas ou sem problemas, Ele não somente está comigo, mas permanece em mim, fica comigo e eu com Ele, ou seja, o permanecer deve ser mútuo...
Na intimidade desse "permanecer" podemos sim ser alegres na tribulação, sorrir nas adversidades, porque temos a certeza de que Jesus PERMANECE conosco todo o tempo, não pecisamos carregar o fardo sozinho, pois Ele está em nós e nós, estamos Nele.
Como o exemplo que Ele nos deu da videira, se permanecemos Nele e Ele em nós, como os ramos que ficam presos, fixos ao tronco, então sim, podemos nutrir nossos frágeis galhos da "seiva" preciosa: a Eucaristia que nos alimenta, a Palavra que nos encoraja, para com vigor e alegria, observar os Seus mandamentos e permanecer em Seu amor.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Unidos à Jesus, produzimos muitos frutos

"Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer"
(Jo 15,5)

Quem permanece em Jesus, produz não poucos, mas muitos frutos!
Alguém poderá dizer: "Mas não os vejo!"
Se essa é uma inquietação do seu coração, tranquilize-se:
quem permanece em Jesus, produz muitos frutos. É fato, pois é o próprio Senhor quem garante.
Talvez alguns frutos estejam verdes ainda para serem colhidos,
talvez demorem a madurar e nesta vida terrena você nem os veja...
Mas ele existem, e serão colhidos pelo Senhor a seu tempo.
Nosso trabalho no Senhor não é em vão, todas as boas obras que praticamos, pequenas ou grandes, glorificam a Deus e torna-se-ão frutos de conversão no devido tempo.
Nunca desanimemos se não enxergarmos com nossos olhos humanos, os frutos produzidos pelo bem que fazemos, só Deus tem o poder de sondar o coração humano e ali ver as sementes lançadas e creia, elas estão vivas!
Seus ramos estão bem presos à Videira Verdadeira?
Você tem plantado boas sementes?
Então sossegue seu coração, continue regando estas sementes com suas orações e seu testemunho de vida.
O adubo que fará germinar e crescer é a graça de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer!

É tempo de esperança!

Por vezes tenho vontade de não mais assistir televisão... Salvo  raras exceções, existe veículo com mais eficácia e presteza em transmitir "más notícias", a mostrar sempre o pior lado do ser humano, quando este se deixa dominar pelo mal, do que essa mídia que está aí?
As poucas vezes em que assisto algum noticiário, sou tomada por um profundo desânimo pelo futuro da humanidade... Então me lembro de como é temerário ficar alimentando estes sentimentos, pois, a fé e a esperança que devemos ter na humanidade caminham junto com a fé que temos em Deus. Se perdemos a esperança na humanidade, a tendência é que nossa fé em Deus se veja cada vez mais enfraquecida. Pois aí vai nascendo um grande desequilíbrio: Crer em Deus, mas desacreditar de sua maior obra, o ser humano, imagem e semelhança de Seu Criador.
Não se trata, porém, de viver alienado ao que acontece, mas, de tomar consciência, primeiramente, da atitude de Jesus, de quem somos seguidores, pois Ele nunca deixou de acreditar na humanidade, ou não teria dado a vida por nós, ou não teria dito do alto de sua dor, na cruz: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem". Também é preciso que abramos nossos olhos, apuremos nossos ouvidos para ver e ouvir a manifestação do amor de Deus nas pessoas! Pois o bem não busca holofotes, não faz barulho, antes, age no silêncio, na discrição e sutileza, o bem é amante da modéstia...
Muito ao contrário, o mal se evidencia muito mais, porque se fortalece no alarde, é barulhento, ruidoso, faz estardalhaço, parece muito maior do que realmente é.  
Conhecem aquele peixe, o "baiacu"? Ele tem um mecanismo de defesa que o faz parecer até três vezes maior, vai inchando, engolindo e armazenado no seu estômago grande quantidade de água para parecer grande.
Quem sabe não seja este um dos segredos da sobrevivência do mal, ele se abastece de nossos medos, julgamentos, egoísmos, se tornando assim bem maior e pior do que é...
Enquanto isso, o bem passa muitas vezes desapercebido aos nossos olhos. A ação de Deus e Suas obras maravilhosas presentes na vida de pessoas como Pe. Júlio Lancelotti, os irmãos da Toca de Assis, e tantos outros anônimos que conhecemos, pra não falar nos saudosos Dom Luciano Mendes, Madre Teresa, Ir. Dulce... que só ganham destaque na mídia quando é conveniente, estes e estas, trabalham e fazem o bem, silenciosamente, no seu dia a dia, distante do interesse do mundo, mas bem perto do olhar e do coração de Deus. Como diz o ditado "Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce".
Diante da violência (em todos os sentidos), da banalização da vida, das agressões contra o meio ambiente, enfim, diante de pessoas que o mundo considera "irrecuperáveis", é preciso que contemplando a Cruz de Cristo, busquemos Nele um olhar, um coração esperançoso no poder do amor de Deus, que TUDO pode mudar, para que aonde houver trevas e morte, sejamos nós, sinal de Luz e Ressurreição. 
É preciso então, AMAR! E amar não é conto de fadas, o amor verdadeiro, como nos ensina Madre Teresa de Calcutá, dói:
 "O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque." Principalmente, quando temos que dar pelo amor, o perdão, uma nova chance à pessoa que praticou o mal.
Bom, Jesus nunca nos enganou, quando nos chamou... é bem assim, morrer para si!

"Se não houvesse esperança, não estaríamos lutando"
(autor desconhecido)

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Eu te darei a Mestra"

São João Bosco, fundador da Congregação Salesiana, espalhou a devoção a Nossa Senhora invocada em todo mundo com este título: AUXILIADORA, que lembra a perene proteção de Maria Santíssima, sobre a Igreja e sobre o Papa. Os fiéis intuíram a intervenção sobrenatural de Nossa Senhora, invocada como AUXILIADORA e na Obra de Oratório, com muito acerto chamaram-na "A VIRGEM DE DOM BOSCO."
Já em 1824, Joãozinho Bosco, criança de 9 anos, como ele mesmo conta, teve o primeiro sonho profético, em que lhe foi manifestado o campo do seu futuro apostolado e ouviu a voz misteriosa do Senhor dizer-lhe: "DAR-TE-EI A MESTRA." E logo, apareceu a Senhora de aspecto majestoso que o animou a trabalhar, para corrigir o comportamento dos meninos malcriados.
Nossa Senhora apareceu freqüentemente nos sonhos de Dom Bosco e foi a estrela do seu apostolado. Ele a chamava Mãe e sustentadora, socorrendo a Congregação Salesiana, especialmente toda vez que precisava-se auxílio extraordinário para atender as necessidades dos meninos pobres e abandonados, não só materiais, mas sobre tudo quando suas almas corriam perigo.
E, durante toda a sua vida Dom Bosco foi incansável em fazê-la conhecer, amar e honrar.
Maria, auxílio dos cristãos, rogai por nós!
(fonte)


Explicação do quadro "Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos":

Quadro de Nossa Senhora Auxiliadora venerado no altar-mor da basílica que, em sua honra, Dom Bosco construiu em Turim, Itália.
Seus mais de sete metros de altura por quatro de largura traduzem bem o título de “Mãe da Igreja e Auxiliadora dos cristãos”.
Num trono de nuvens, Maria apresenta ao mundo o Menino Jesus de braços abertos, como a oferecer suas bênçãos à Igreja representada pelos Apóstolos e Santos, que a aclamam Mãe e Auxiliadora.
Ideado por Dom Bosco, é obra do pintor Tommaso Lorenzone, que durante seu trabalho declarou a um sacerdote: “Não é obra minha. Não sou eu que o estou pintando. Outra mão parece guiar minha mão”.
Embaixo, Dom Bosco fez colocar a Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de seus meninos.

"Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz"
(Dom Bosco)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rezando com o coração

Os vídeos abaixo mostram Pe. Leo, narrando "A história de dona Nazaré", texto que encontra-se publicado em seu livro ROTEIROS BÍBLICOS PARA CURA INTERIOR.









"Para mim, a oração é um impulso do coração,
um simples olhar dirigido para o céu,
 um grito de agradecimento e de amor,
tanto do meio do sofrimento como do meio da alegria.
 Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus."
(Santa Teresinha)


sábado, 21 de maio de 2011

Santa Rita: amor pela Paixão de Cristo

Rita meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, os desprezos, as ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário.
     Durante a Quaresma do ano 1443 foi a Cássia um pregador chamado Santiago de Monte Brandone, quem deu um sermão sobre a paixão de nosso Senhor que tocou tanto a Rita que a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na Cruz.
     Dum modo especial exercitava-se na contemplação dos mistérios da Paixão e Morte de Jesus; a tanto chegou o seu amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Oh! prodígio!
     Da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da Santa, causando-lhe intensíssima dores até à morte; o penhor do amor de Jesus por sua serva não podia ser mais certo nem mais extraordinário; era um tormento indizível para acrisolar a virtude de Rita.
     Aquela ferida era, na verdade fonte de celestiais doçuras para a Santa, mas, ao mesmo tempo, de desgosto para as religiosas que não podiam suportar a vista daquela repugnante ferida, vendo-se, por esse motivo, obrigada a viver isolada de suas amadas irmãs.
     A Santa aceitou isto como um novo favor do céu, ficando, assim livre para tratar mais intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial esposo. A maioria dos santos que tem recebido este dom, exalam uma fragrância celestial.
     As chagas de Santa Rita, sem dúvida exalavam um odor pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por 15 anos viveu sozinha, longe de suas irmãs monjas.
     O Senhor lhe deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano Santo. Jesus removeu o estigma de seu cabeça durante o tempo que durou a peregrinação. Tão pronto quanto chegou de novo a casa o estigma voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das irmãs.
     Em seu vida teve muitas chamadas, mas ante tudo foi uma mãe tanto física como espiritualmente. Quando estava no leito de morte, lhe pediu ao Senhor que lhe desse um sinal para saber que seus filhos estavam no céu.
     A meados de inverno recebeu uma rosa do jardim perto de sua casa em Roccaporena. Pediu um segundo sinal. Esta vez recebeu um figo do jardim de sua casa em Roccaporena, ao final do inverno.
    Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha durante quatro anos.
     Ela observou como seu corpo se consumia com paz e confiança em Deus.
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A MORTE DA SANTA.
     Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via purgativa, a iluminativa e unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em caridade e confiança em Deus.
     O crucifixo é seu melhor Mestre.
    "Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação; com toda minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos.
     Reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos que tenhais piedade das minhas fragilidades.
     Perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina..."
     Cessou de falar e cerrou os olhos como se estivesse dormindo... e acordou no céu entre os anjos e santos.
     No convento só se ouviam os soluços das freiras, mas o sino começou a tocar sozinho, anunciando a sua partida deste mundo. Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos.
     As religiosas pensavam com horror no odor fétido de sua chaga, mas o seu rosto pálido começou a tomar viva cor, a ferida cicatrizou-se e de seu corpo começou a exalar um delicioso perfume.
     Uma das religiosas, Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, quis abraçá-la e assim o fez, porque o seu braço ficou curado pela santa. As freiras revestiram o corpo com o hábito de sua Ordem e o transportaram para a capela interior do mosteiro.
     É em almas puras como a dela que Deus pode fazer milagres sem que por isso caiam no orgulho espiritual. Ao morrer a cela se ilumina e todos sentem a alegria de uma alma que entra ao céu. Sua morte acontece em 1457, foi seu triunfo.
     A ferida do estigma na fronte desapareceu e em lugar apareceu uma mancha vermelha como um rubi, a qual tinha uma deliciosa fragrância.
     Devia ter sido velada no convento, mas pela multidão tão grande se necessitou a Igreja. Permaneceu ali e a fragrância nunca desapareceu até os dias atuais permanece, e a todos encanta. Por isso, nunca a enterraram.
     O ataúde de madeira que tinha originalmente foi trocado por um de cristal e ficou exposta para veneração dos fiéis desde então. Multidões, todavia acodem em peregrinação a honrar a santa e pedir sua intercessão ante seu corpo que permanece incorrupto.
SANTA RITA DE CÁSSIA, ROGAI POR NÓS!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

As palavras convencem a cabeça, o testemunho arrasta corações!

O Cardeal Vietnamita Van Thuan ficou preso sob o governo comunista durante 13 anos.
As condições da prisão não eram favoráveis. Durante alguns meses esteve confinado numa cela minúscula, sem janela, úmida, que para respirar passava horas com o rosto enfiado num pequeno buraco no chão. A cama era coberta de fungos. Os nove primeiros anos foram terríveis: uma tortura mental, no vazio absoluto, sem trabalho, caminhando dentro da cela desde a manhã às nove e meia da noite para não ser destruído pela artrose, no limite da loucura.
Buscava conversar com os carcereiros, que resistiam, mas logo eram seduzidos por sua gentileza e inteligência. Contava-lhes sobre países e culturas diferentes. Isso chamava sua atenção e instigava a curiosidade. Logo começavam a fazer perguntas, o diálogo se estabelecia, a amizade se enraizava. Chegou a dar aulas de inglês e francês. No começo, a cada semana os guardas eram substituídos, mas logo as autoridades, para evitar que o exército todo fosse “contaminado”, deixou uma dupla de carcereiros fixa. Estes espantavam-se de como o prisioneiro pudesse chamar de amigos os seus carcereiros, mas ele afirmava que os amava porque esse era o ensinamento de Jesus.
Faleceu em Roma no dia 16 de setembro de 2002, depois de uma dolorosa doença.


“A minha experiência pessoal
(Cardeal Vietnamita Van Thuan)

“A celebração faz do sacerdote um santo. É por causa disto que eu quero compartilhar com vocês a minha experiência eucarística, assim como a experiência de outras pessoas íntimas que me marcaram com a sua fé, com a sua devoção à Eucaristia. No seminário, minha formação se inspirou na vida do Cura D´Ars, São João Maria Vianney, e do Padre Pio. Eles me acompanharam durante toda a vida sacerdotal. Quando eu celebrava sozinho na prisão, João e Pio estavam sempre diante de mim e celebravam comigo. Foi graças ao seu sacrifício e ao seu amor pela Eucaristia que eu pude sobreviver na prisão. Lembro-me de que o Padre Pio celebrava a missa não em vinte ou trinta minutos, mas em uma hora, uma hora e meia. Ninguém reclamava da duração da missa, porque todos estavam fascinados pela sua maneira de celebrar, inclusive os bispos que assistiam. Entretanto, algumas pessoas mal-intencionadas pediram ao Santo Ofício que o proibisse de celebrar a Eucaristia desta forma, e então o Padre Pio foi obrigado a celebrar a missa em no máximo 45 minutos. O Padre Pio obedeceu à ordem, mas os fiéis pediram à Santa Sé a permissão para o frade celebrar a missa como antes, e Pio XII deu a autorização.
Alguém perguntou a São João Maria Vianney porque às vezes ele chorava e outras vezes sorria quando celebrava a missa. Ele respondeu que sorria quando pensava no dom da presença de Jesus na Eucaristia e chorava quando pensava nos pecadores que não podem receber tal dom.
Quando fui preso, retiraram todos os meus pertences, mas me permitiram escrever para casa e pedir roupa e remédios. Eu pedi que me enviassem vinho em frascos de remédio para o estômago. No dia seguinte, o diretor da prisão me chamou para perguntar se eu estava mal do estômago, e se tinha algum remédio. Depois de escutar as minhas respostas afirmativas, me entregou um pequeno frasco de vinho com uma etiqueta que dizia “remédio para a dor de estômago”.
Este foi um dos dias mais felizes da minha vida! Desta forma eu pude celebrar a missa dia após dia, com três gotas de vinho e uma gota d´água na palma da mão e com um pouco de hóstia que me davam para a celebração, e que eu guardava com muito cuidado contra a umidade.
Depois, quando estava com outras pessoas de fé católica, era abastecido de vinho e de hóstias, que os seus familiares levavam quando iam visitá-los. De um modo ou de outro, eu quase sempre pude celebrar a missa, sozinho ou acompanhado. Celebrava depois das nove e meia da noite, porque a essa hora não havia luz e conseguíamos juntar umas seis pessoas. Todos dormiam numa cama comum, 25 em cada parte. Cada um dispunha de 50 centímetros: estávamos como sardinhas…
Quando celebrava e dava a comunhão, secávamos o papel dos maços de cigarro dos prisioneiros e, com arroz, os pregávamos para fazer uma pequena bolsa na qual colocávamos o Santíssimo.
Todas as sextas-feiras tínhamos uma aula de marxismo, e todos eram obrigados a participar. Depois havia um pequeno intervalo, e era quando os cinco católicos levavam o Santíssimo a outros grupos. Eu também o levava num pequeno pacote que colocava na minha bolsa, e assim a presença de Jesus me ajudava a ser corajoso, generoso, amável, e a dar testemunho de fé e de amor aos outros.
A presença de Jesus fazia maravilhas, porque entre os católicos também havia alguns que eram pouco fervorosos, menos praticantes… Havia ministros, coronéis, generais e, na prisão, cada um em particular fazia uma Hora Santa todas as tardes, uma hora de adoração e de oração diante de Jesus eucarístico.
Assim, na solidão, na fome… uma fome terrível, foi possível sobreviver. Desta maneira dávamos testemunho na prisão.
A semente tinha sido semeada.  Ainda não sabíamos como ia germinar, mas pouco a pouco, um a um, budistas, membros de diversas religiões, inclusive fundamentalistas hostis ao catolicismo manifestavam o desejo de ser católicos. Nos tempos livres eu ensinava catecismo a todos juntos. Batizava às escondidas e… era até padrinho.
A presença da Eucaristia mudou a prisão, que era lugar de vergonha, de tristeza, de ódio e que tinha se transformado em lugar de amizade, de reconciliação e em escola de catecismo. Sem saber, o governo tinha feito uma escola de catecismo!
A presença da Eucaristia é muito forte, a presença de Jesus é irresistível. Eu e todos os meus companheiros de prisão somos testemunhas disto…”

Os cinco defeitos "Dele"

O Cardeal Van Thuan escreveu o livro “Testemunhas da esperança”, no qual relata sua experiência de prisioneiro. Fazia questão de dizer que não se trata de um livro para fazer denúncias, mas testemunhar o dom da esperança. Vitimado pelo câncer, faleceu no dia 17 de setembro de 2002.
Van Thuan declara-se apaixonado pelos defeitos de Jesus e os descreve no livro “Testemunhas da esperança”:

PRIMEIRO DEFEITO: JESUS NÃO TEM MEMÓRIA
No calvário, no auge da indescritível agonia, Jesus ouve a voz do ladrão à sua direita: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em teu reino” (Lc 23,43). Se fosse eu, teria respondido: “Não vou esquecê-lo, mas seus crimes devem ser pagos por longos anos no purgatório”. No entanto, Jesus respondeu-lhe: “...hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). Jesus esqueceu todos os crimes desse homem.

Semelhante atitude Jesus teve com a pecadora que banhou os seus pés com perfume... Não faz nenhuma pergunta sobre seu escandaloso passado. Simplesmente diz: “Seus inúmeros pecados estão perdoados, porque muito amor demonstrou” (Lc 7,47)...
A memória de Jesus não é igual à minha...

SEGUNDO DEFEITO: JESUS NÃO “SABE” MATEMÁTICA
Se Jesus tivesse se submetido a um exame de matemática, por certo teria sido reprovado... “Um pastor tinha 100 ovelhas. Uma se extravia. Ele, imediatamente, deixa as 99 no redil e vai em busca da desgarrada. Reencontra-a, coloca-a no ombro e volta feliz” (cf. Lc 15,4-7).

Para Jesus, uma pessoa tem o mesmo valor de noventa e nove e, talvez, até mais. Quem aceita tal procedimento? Sua misericórdia se estende de geração em geração...

TERCEIRO DEFEITO: JESUS DESCONHECE A LÓGICA
Uma mulher possuía 10 dracmas. Perdeu uma. Acende a lâmpada; varre a casa... procura até encontrá-la. Quando a encontra convida suas amigas para partilhar sua alegria pelo reencontro da dracma... (Lc 15,8-10)... de fato, não tem lógica fazer festa por uma dracma... O coração tem motivações que a razão desconhece... Jesus deu uma pista: “Eu vos digo que haverá mais alegria diante dos anjos de Deus por um só pecador que se converte...” (Lc 15,10).

QUARTO DEFEITO: JESUS É AVENTUREIRO
Executivos, pessoas encarregadas do “marketing das empresas”, levam em suas pastas projetos, planos cuidadosamente elaborados... Em todas as instituições, organizações civis ou religiosas não faltam programas prioritários; objetivos, estratégias...

Nada semelhante acontece com Jesus. Humanamente analisando, seu projeto está destinado ao fracasso.

Aos apóstolos, que deixaram tudo para segui-lo, não garante sustento material, casa para morar, somente partilhar do seu estilo de vida. A um desejoso de unir-se aos seus, responde: “As raposas têm tocas e as aves do céu ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8,20)...

Os doze confiaram neste aventureiro. Milhões e milhões de outros igualmente. Já vão lá mais de dois mil anos e a incalculável multidão de seguidores continua a peregrinar. Galerias enormes de santos e santas, bem-aventurados, heróis e heroínas da aventura. No Universo inteiro esta abençoada romaria continua... Vai que este aventureiro tem razão...? Neste caso, a mais fantástica viagem na “contramão” da história será a verdadeira...! “A quem iremos?”...

QUINTO DEFEITO: JESUS NÃO ENTENDE DE FINANÇAS NEM ECONOMIA
Se Jesus fosse o administrador da empresa, da comunidade, a falência seria uma questão de dias. Como entender um administrador que paga o mesmo salário a quem inicia o trabalho cedo e a outro que só trabalha uma hora? Um descuido? Jesus errou a conta? ...

Por que Jesus tem esses defeitos? Porque é o Deus da Misericórdia e Amor Encarnado. Deus Amor (cf. 1Jo 4,16). Portanto, não um amor racional, calculista, que condiciona, recorda ofensas recebidas. Mas um amor doação, serviço, misericórdia, perdão, compreensão, acolhida... Em que medida? Infinita.

Os defeitos de Jesus são o caminho da felicidade. Por isso, damos graças a Deus. Para alegria e esperança da humanidade, esses defeitos são incorrigíveis.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Entra, toma um chá pra esquentar o frio...


Pra você, que passa por aqui, resolvi preparar um cházinho para espantar o frio. É sim! Um cházinho, pois a Sil não pode fica tomando muito café, né? Bjos, um abençoado dia para todos!!!

Servir: Caminho para a Felicidade!

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse:
 "Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes."
(Jo 13,16-17)


Mestre e Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, não somente ensinou-nos com palavras, mas com a vida pregou, que a Seu exemplo estamos neste mundo para servir e não para sermos servidos, principalmente, quando a nós é delegada alguma autoridade.
Porém, não é difícil encontrar, em nossas Comunidades, mesmo em nossas famílias, quem ignore ou desconheça que autoridade não é honra, mas serviço. Seja autoridade de pais para com os filhos, que devem sim usar o poder da autoridade, mas, para servir, não para dominar os filhos... e assim servir no amor, na correção, na educação ...
Seja e ainda mais, dentro da Igreja, pois é preciso que sejamos coerentes com a fé que professamos. Como é comum ver em nossas comunidades, comportamentos totalmente equivocados de autoritarismo que em nada lembram a postura que Jesus assumiu e ensinou aos discípulos. Coordenadores que mais parecem donos de comunidade, membros de pastorais que se fecham, pessoas que estacionaram no crescimento espiritual e tem dificuldade de recomeçar, voltar a aprender... pois a Palavra de Deus é viva e atual e nossa Igreja é uma fonte de preciosos tesouros da fé e do conhecimento, sempre estaremos descobrindo coisas novas e maravilhosas, porém é preciso estar abertos à mudanças, acompanhar o ritmo da evangelização que é dinâmico, enfim, é preciso de humildade para reconhecer que quando paramos de aprender com Deus e com os irmãos, começamos a morrer.
A partir daí, exercitando a humildade, vamo-nos despojando de conceitos próprios, pré-conceitos, idéias fechadas e com coragem e lâmpadas nas mãos, vamos aprendendo ali, ensinando aqui, cedendo acolá... tudo para melhor servir a Cristo nos irmãos.
Morrer para si mesmo e viver para o outro... Sacrifício para nossa carne?
Talvez... mas quando fazemos do "servir" um hábito de todos os dias, passaremos a fazê-lo sem tanto sacrifìcio assim... É como acordar cedo, a princípio é custoso para nosso corpo, que dirá nos dias mais frios, mas, quando fazemos disso um hábito, passa-se a fazê-lo automaticamente, sem tanto esforço assim. Somente é necessário disciplina e perseverança e logo o estaremos fazendo com prazer.
No exercício constante do "servir", certamente compreenderemos que este é o caminho para a felicidade de todo cristão, como nos disse o Mestre: "... se sabeis isto e o puserdes em prática, sereis felizes".

Postei a música abaixo, pois a considero um "hino" ao serviço. Vamos ouvir?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O perfume de Nossa Senhora

O perfume é algo tão marcante, que muitas vezes parece se fundir à personalidade de quem o usa. Quantas vezes não identificamos uma pessoa (sem a ver ainda) só pelo cheiro do seu perfume no ar.
Com Maria não é diferente, e se seu perfume tivesse um nome seria "Humildade". Por onde nossa Mãe celeste passa deixa um rastro de humildade; em uma pregação ouvi que Maria foi a única Mulher que, verdadeiramente, teve o Rei na barriga e nunca se invaideceu ou se exaltou por isso, pelo contrário, viveu com mais perfeição o serviço, a obediência e a fidelidade à Deus.
Caminhemos, pois, acompanhando bem de pertinho o exemplo de nossa Mãe, de modo que seu perfume possa nos impregnar, para que todos que se acheguem a nós, possam sentir o odor suave da santidade dela.

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A oração é a humildade do homem que reconhece a sua profunda miséria e a grandeza de Deus, a Quem se dirige e adora, de maneira que tudo espera d'Ele e nada de si mesmo.
A fé é a humildade da razão, que renuncia ao seu próprio critério, e se prostra ante os juízos e a autoridade da Igreja.
A obediência é a humildade da vontade, que se sujeita ao querer alheio, por Deus.
A castidade é a humildade da carne, que se submete ao espírito.
A mortificação exterior é a humildade dos sentidos.
A penitência é a humildade de todas as paixões, imoladas ao Senhor.
- A humildade é a verdade no caminho da luta ascética.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Confie, por antecipação!



Minha filha, o teu coração é o Meu repouso e o Meu agrado. Nele encontro tudo o que Me nega um tão grande número de almas.
(Jesus à Sta Faustina, D.339)


Jesus encontrou todo "conforto" que precisava para repousar no coração de Santa Faustina. Assim como adormeceu naquela barca, Jesus repousa tranquilo no coração de Faustina, recinto que lhe oferece a quietude de uma alma repleta de confiança em Sua misericórdia.
Nosso coração, porém, é muitas vezes semelhante à atitude apreensiva e desconfiada dos apóstolos que acordaram Jesus às pressas para que acalmasse o mar.
Não encontra aconchego e descanso em nosso coração, o doce Salvador, ó não! Mas, somente dúvidas, incertezas e medos, muitos medos...
Prova disso é: já perceberam como sofremos por antecipação?
O contrário, entretanto, dificilmente acontece: não confiamos por antecipação, não nos alegramos por antecipação! E não se trata de viver alienado ou na ingenuidade, mas reconhecer que em qualquer que seja a situação que enfrentarmos, o Senhor estará conosco!
"Estarei convosco até o final dos tempos", esta promessa de Jesus não é motivo suficiente para confiarmos por antecipação?
Se não é, meu irmão, se você precisa como eu, sempre e mais, crescer na confiança e no abandono em Deus, o Senhor abre mão do Seu repouso e nos convida:




"Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas."
(Mat 11,28-29)


 





O cuidado do Pastor!

Pe. Leo costumava dizer que Jesus sabia muito bem do que falava quando nos comparava à ovelhas. Dizia ele que as ovelhas tem uma visão muito precária, são quase cegas, podendo chegar a beira de um precipício e sequer notarem, comentava com bom humor, que não possuíam muita inteligência; caso se perdessem, por não terem senso de direção, não saberiam retornar sem o auxílio do pastor, com facilidade se deixavam prender por arbustos e carrapichos e ali permaneciam até a chegada do pastor para libertá-las... Enfim eram extremamente dependentes de seu pastor, assim como nós o somos de Jesus, nosso Bom Pastor.
E sim, Jesus é o Bom Pastor, porque nos ama e cuida de nós "somente por amor".
Não porque esteja interessado em nossa lã, em nossa carne...oh, não! O Bom Pastor tem fome da fé, do amor de suas pequenas, miseráveis e frágeis ovelhinhas!
O que seria de nós, doce e bom Pastor, sem a condução segura de Tuas mãos a nos guiar?
Tu, amado Jesus, que quando percebes que desviando do bom caminho, nos perdemos, com determinação e paciência, segue incansável em nosso encalço, livra-nos dos emaranhados de ilusões, vaidades, egoísmos... preserva-nos dos abismos dos prazeres e afetos desordenados, nos revela e defende dos verdadeiros mercenários, salva-nos das mãos do lobo.
Dá-nos a graça, Divino Pastor, de a exemplo das ovelhas, sermos sempre dóceis e atentas ao Teu chamado, de saber discernir a Tua voz da voz do mundo. E quando estivermos cansadas, extenuadas pelas lutas na caminhada e incapazes de Te seguir... levá-nos em Teus braços, faz-nos repousar em verdes prados, a beber das águas tranquilas e refrescantes do Teu Santo Espírito, para que recuperada nossas forças, possamos seguí-Lo por todos os dias de nossa vida! 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Afinados com a Liturgia

Embora estes "podcasts", elaborados pelo Pe. Joãozinho tenham sido, primeiramente, destinados à formação do ministério de música, todos nós católicos, independente de participarmos ou não deste ministério, sempre nos beneficiamos destes conhecimentos, pois nos proporciona viver com mais intensidade a celebração da Santa Missa. Postei apenas um podcast, o restante você encontrará no link da "fonte".


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Conclusão:

Só em Deus, podemos e devemos esperar, pois Ele nunca nos deixa na mão!
Só em Deus, podemos e devemos depender, pois Ele nunca fica "fora do ar"!
Só em Deus, podemos e devemos confiar, pois nunca ouviremos Dele:
"Indisponível no momento"

(Parece até que posso ouví-Lo dizer:
"Aleluia! Até que enfim compreendeu...")

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vais à Santa Missa? Tira as sandálias, o lugar é santo!

Quantas vezes não saímos da celebração da Santa Missa da mesmíssima forma com que chegamos: desanimados, abatidos, indiferentes, vazios... Embora seja uma boa coisa nos apresentarmos "vazios" para que Nosso Senhor nos preencha, como é possível sair igualmente vazio, depois que Ele, amorosamente, nos alimenta com o Pão da Palavra, que nos orienta, exorta e instrui; com o Pão Eucarístico, Seu Corpo e Sangue, alimento para a vida eterna?
Creio que uma das principais razões, seja o fato de não gastarmos nosso "precioso" tempo para nos prepararmos para o Banquete Celestial. Sim, é um banquete, mas muitas vezes vamos à ele como se vai a uma lanchonete(!??).
Vejam o dia do casamento de uma noiva. O dia da noiva como se diz, como se preparam para chegarem impecáveis diante de seu noivo, seus convidados... Isso mal comparando, pois estamos falando de ir ao encontro do Filho de Deus, Rei dos reis, Senhor dos senhores, Príncipe da Paz...
É como diz o sábio ditado: colhemos o que plantamos. Se vamos de qualquer jeito à santa Missa, sem uma preparação adequada, sairemos de qualquer jeito, sem usufruir dos efeitos e da força deste sacramento.
Creio que uma boa ajuda para que alimentemos nossa espiritualidade é, já no início do dia que participaremos da Santa Missa, como uma noiva que se prepara para seu casamento, preparemos nossa alma através da oração e dela (da oração) não saíamos, mesmo em nossos afazeres, tal qual o lema de São Bento "Ora et labora", reza e trabalha! Entreguemos nosso ser, nosso entendimento ao Espírito Santo, para que nossa mente seja povoada de bons pensamentos, nossa boca de palavras edificantes, nossas mãos de atitudes caridosas. Consagremos nosso dia a Nossa Senhora, que seja ela a nos acompanhar até o momento sublime de receber Nosso Deus e Salvador, na Hóstia Consagrada.
Estes e outros piedosos gestos, antes de ir ao encontro de Jesus, meus irmãos, é a nossa humilde maneira de, "tirarmos as sandálias de nossos pés, porque o lugar onde pisaremos é santo".

Encontrei esta linda oração de São Tomás de Aquino, para preparação da Santa Missa:

Ó Deus eterno e todo-poderoso, eis que me  
  aproximo do sacramento do vosso Filho único,
  nosso Senhor Jesus Cristo.

Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, venho à luz da eterna claridade; pobre e indigente, venho ao Senhor do céu e da terra.

Imploro, pois, a abundância de vossa imensa liberalidade, para que vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar minha cegueira, enriquecer minha pobreza e vestir minha nudez com vossa graça.

Que eu receba o pão do céu, o Reis dos reis e Senhor dos senhores, com respeito e humildade, contrição e devoção, pureza e fé, propósito e intenção que convêm à minha salvação.

Dai-me receber não só o sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também seu efeito e sua força, a fim de viver para vós e em vós.

Ó Deus de mansidão, dai-me acolher com tais disposições o Corpo que vosso Filho único, o Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem Maria, glorificado na sua ressurreição. Que eu seja incorporado a seu corpo místico e contado entre seus membros.

Que venha a mim o Senhor da glória, e que unido a Ele eu possa dizer como o apóstolo: não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim!

Ó Pai de bondade e cheio de amor misericordioso, fazei que recebendo agora vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade contemplá-lo face a face. Ele que convosco vive e reina para sempre, na unidade do Espírito Santo. Amém.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nossa, que rapidez, já está até comendo do bolo de aniversário?!!
Tô brincando, amiga, rsrss.
 Escolhi esta foto para te homenagear, pois como disse o Frei, é preciso parabenizar a sua mãe também.
Pois bem: PARABÉNS ÀS DUAS!!!


Amiga, desejo que a cada dia você possa se esvaziar mais e mais, para que hoje e sempre, o Senhor Jesus te possa preencher com o seu Santo Espírito até que a sua vida, a exemplo de sua Madrinha Celeste, a Virgem Imaculada, transborde abundantemente da graça de Deus!
Obrigado por me ouvir, me aconselhar, me ajudar com seu "afilhado", enfim, OBRIGADO POR VOCÊ EXISTIR!!!
Tenho certeza que pela graça de Deus, nossa amizade será eterna, pois como diz Sta Catarina de Sena:
"A amizade, cuja fonte é Deus, nunca se esgota"

Pra vocês duas: meu carinho, minha oração e esta singela canção, espero que ela consiga expressar o que está em meu coração:

Senhor, dá-nos sempre desse pão


Até quinta-feira, a Liturgia da Palavra será marcada pelo discurso do "Pão do Céu" no Santo Evangelho.
Gostaria de lhes falar sobre este alimento celeste...
Mas, quem disse que encontro palavras?
Recorro, pois, aos ensinamentos de nossos amigos celestes (os santos), que nos precedem no Céu.
Deixo-vos estas pérolas de sabedoria:




São João Crisóstomo:
“Deu-se todo não reservando nada para si”.
“Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.

São Boaventura:
“Ainda que friamente aproxime-se confiando na misericórdia de Deus”.

São Francisco de Sales:
“Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos para se conservarem perfeitos, e os imperfeitos para chegarem à perfeição”.

Santa Teresa de Ávila:
“Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.
“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”.
“Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”.

Santo Afonso de Ligório:
“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.

Santa Teresinha:
“Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”.
“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão.”

Santa Catarina de Gênova:
“O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.

São João Bosco:
“Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante.”
"Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-o muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-o poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer ao demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus…”

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Protagonista é Cristo!


Embora essa afirmação seja óbvia, quem reconhece o valor da celebração da Santa Missa vai concordar comigo que em várias comunidades encontramos muitos exageros e excessos durante as celebrações litúrgicas, pois definitivamente muitos "acréscimos" que são colocados nas celebrações, não cabem dentro da sagrada Liturgia e isto sem falar em posturas equivocadas, leitores mal preparados,  ministérios de músicas que tocam e cantam com volume altíssimo, cantos impróprios, que nada tem de litúrgicos ... Enfim, falta formação e eu diria também uma mentalidade mais humilde, pois é preciso que "Ele cresça e eu diminua". Achei então, muito conveniente exibir um trecho de uma entrevista concedida ao Prof. Felipe Aquino por Dom Henrique Soares, Bispo auxiliar de Aracaju, SE. Reproduzi apenas um trecho que fala mais especificamente sobre a Sagrada Liturgia, mas o conteúdo na íntergra se encontra no Blog Escola da Fé.


"A LITURGIA É UMA GRANDE ESCOLA DE ESPIRITUALIDADE"
(Papa Bento XVI)

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