terça-feira, 29 de março de 2011

"ORAR É ESCUTAR"



Para mim, orar sempre foi um ato de escuta. Quando eu era pequena, costumava correr pelas baixas colinas cobertas de flores silvestres. Eu ficava deitada e o vento, passando entre as flores silvestres, as inclinava para frente e para trás, e Deus falava comigo. Naturalmente, eu era pequena e minha imaginação era vívida. Mas se você ficar à escuta de Deus, um dia você O verá e isso é o que faz de tudo uma aventura.
Agora, levanto-me de manhã e me ponho a escutar através do dia. Enquanto faço isso, uma tremenda paz desce sobre mim. Eu dito cartas, distribuo doações, vejo alguns livros, falo com membros da comunidade e com visitantes. Às vezes as pessoas não estão com disposição, há raiva e irritação e as vozes parecem uma bagunça de sons que me atordoa como um trovão. Mas eu sorrio e escuto e as respostas vão surgindo porque em algum lugar no fundo, bem no fundo de mim, eu sinto paz, a paz de Deus. No meio da turbulência a meu redor, essa escuta interior traz a paz. Em termos humanos, posso parecer maluca, como o chapeleiro (de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol - nota do tradutor) com relação aos acontecimentos que vão se sucedendo, mas é como uma tempestade sobre o oceano; cinqüenta braças ao fundo, tudo é calmo. Homens e mulheres também são assim. A tempestade pode rugir, mas enquanto houver paz embaixo dela, estará tudo bem. É uma forma de se participar dos sofrimentos de Cristo. Ele também deve ter tido muitos dias tempestuosos, vivendo com aqueles doze rudes pescadores.

 
(Serva de Deus, Catherine Doherty)

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